Informações:
Resenha feita por: Luiza
Autor (a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 511
"Insurgente. Substantivo. Uma pessoa que age em oposição à autoridade estabelecida, mas que não é necessariamente considerada agressiva."
-Página 445.
Insurgente começa exatamente de onde o primeiro livro acaba. Depois de lidar com decepções, traumas e muitas descobertas, Tris está em um trem partindo para um fim futuro desconhecido com Tobias, Caleb, Marcus e Peter. Sem ter um lugar certo para ir, o grupo parte em busca de abrigo em outras facções, o que torna possível para o leitor descobrir mais a respeito das mesmas.
Devo adiantar logo que essa é uma resenha muito difícil para mim, porque achei esse livro muito difícil de resumir em palavras. Tudo nele está diferente do primeiro livro. A narrativa de Roth continua fluida e muito boa, mas tirando isso, o livro é completamente diferente de Divergente.
A primeira diferença notável é no clima, que está pesado depois dos acontecimentos do final de Divergente. Tris se mostra incrivelmente mais vulnerável e insegura nesse livro, o que eu achei ótimo e necessário, já que ela passa por muitos traumas no final do primeiro livro, porém algumas pessoas podem achar esse excesso de vulnerabilidade um pouco irritante.
Sempre gostei muito da Tris, não só porque ela é uma personagem forte, mas principalmente porque ela convence sendo forte. Apesar de ser durona, ela tem seus momentos de menininha, o que é ótimo já que ninguém pode ser forte o tempo todo. Adoro também a forma como ela se questiona o tempo todo, e acho que isso resume o enredo da série. É uma história sobre escolhas e suas consequências e como elas nos definem.
Tris achava que escolher uma facção definiria tudo a seu respeito, porém esse pensamento já começa a mudar quando ela conhece Tobias, que afirma sempre que quer abraçar todas as facções. Nesse livro essa questão é ainda mais importante, já que de certa forma eles não pertencem mais a nenhuma facção. De certa forma, isso traz uma certa liberdade para que Tris possa observar todas as facções pelo que elas são de verdade.
Os eventos do final do primeiro livro também afetam o relacionamento entre Tris e Tobias. De certa forma, os dois estão mais unidos e tudo parece mais intenso agora, mas Tris continua sendo assombrada por seus últimos atos, principalmente pela morte de seu amigo, Will. Com medo da reação de todos, principalmente de Tobias, Tris mantém segredo a respeito disso, o que acaba afastando um pouco os dois.
Apesar de ser um livro com muitos cenários e personagens diferentes, esse é um livro mais lento do que o primeiro. A questão aqui é principalmente as emoções e reações dos personagens à tudo que está acontecendo, por isso ele também possui uma carga dramática maior. Além de conhecer novos personagens, também vamos conhecer novos lados dos personagens apresentados no primeiro livro. Roth mostra com algumas reviravoltas, que o personagem que você considera um vilão pode não ser tão ruim assim, enquanto aquele bonzinho pode estar escondendo algumas coisa.
Essa com certeza se tornou a minha série distópica favorita. Adoro como a Roth foca nos personagens o tempo todo. É muito bom acompanhar a evolução dos acontecimentos e relacionamentos. E uma coisa que eu posso dizer que também é EXCELENTE nesse livro é o fato de que não possui triângulo amoroso!! \o/ O que é ótimo para pessoas que como eu, não aguentam mais essa fórmula.
Resumindo, esse é um livro que apresenta muitas diferenças do primeiro e que provavelmente não vai agradar a todo mundo (Vejam a resenha da Amanda!), mas que para mim serviu para tornar essa trilogia em uma das minhas favoritas. Agora é esperar outubro chegar para ler a continuação e conclusão dessa série maravilhosa!
Avaliação:
Resenha em vídeo (Amanda)


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